Jornalismo

Quando, a 14 de Março de 1993, entrevistei o então presidente da Quercus, Viriato Soromenho-Marques, para o jornal escolar Olho Vivo, estava longe de imaginar que o meu futuro profissional passaria pelas redacções. E, contudo, três exactos anos depois assinava as primeiras reportagens num diário local.

Foi mais uma das grandes reviravoltas que têm caracterizado a minha vida e para as quais me preparo em teoria, já que a maior parte das vezes sou apanhada desprevenida, ajeitando-me o melhor possível ao que me vai calhando em sorte.

Mudar da área de Ciências, na qual me mantive até 1994, para a de Letras foi das decisões mais excruciantes que tive de tomar. Fiquei meses parada na encruzilhada, debatendo-me com um manancial de dúvidas e começando a investir numa gastrite.

Como tantas vezes sucede, foi preciso percorrer uma rua praticamente até ao fim para perceber que morava noutro lado. Podia tê-lo aprendido com os inúmeros exemplos existentes nos livros e nos filmes, mas teimei em fazê-lo às minhas custas.

Assim, pelo Natal de 1994 interrompi a frequência da licenciatura em Ciências do Ambiente na Universidade de Évora. Preparei-me nos seis meses seguintes para prestar novas provas e entrei em Comunicação Social na ESE de Setúbal no Outono de 1995.

Como o curso tinha estágios integrados desde o início e fui admitida no primeiro local onde estagiei, o Correio de Setúbal, quando me dei conta já o meu trajecto jornalístico se iniciara.

Dali transitei, mais uma vez por intermédio de um estágio curricular, para uma revista regional, a Sem Mais, seguindo-se a presença num semanário do mesmo grupo e, sob os auspícios da Internet, diversas participações na secção de Cultura do jornal digital Setúbal na Rede.

Em 1998, com a entrada para a Lusa, de novo via estágio, o meu percurso ganhou diferentes perspectivas. A agência de notícias portuguesa foi o meu local de trabalho até 2017, o que não impediu colaborações mais ou menos prolongadas com outros meios, como o extinto portal desportivo Infordesporto.pt, o Sítio do Sindicato dos Jornalistas, o Diário do Festroia ou a revista JJ – Jornalismo & Jornalistas.